http://dx.doi.org/10.33787/CEG20220006
Atravessamos um dos momentos mais expressivos na urgência de promover a interação entre saúde e território. Novo material científico e novas tecnologias têm vindo a ser desenvolvidos nos últimos anos e, por essa razão, podemos acreditar que estamos mais perto de criar a disciplina que interligue o que já é indissociável: o espaço urbano e a saúde mental. A partir de revisões da literatura, por método de scoping e revisão sistemática da análise de documentos de políticas provenientes de organizações governamentais e não-governamentais, foi possível constatar que ainda não existe uma linguagem concertada ou um corpo teórico conceptual da disciplina de Neurourbanismo. Apesar de existir consciência e prova de que o território tem influência sobre a saúde e, em particular, sobre a saúde mental, falta: um patamar comum de entendimento enquanto espaço de mediação das duas linguagens, colmatar lacunas e limitações das metodologias, um protocolo metodológico, e criar pontos de convergência entre os dois domínios. Este é o desígnio da nossa investigação em espaço público e saúde mental.